Moradores de Sidrolândia foram vítimas de um golpe antigo que voltou a circular nas redes sociais. Desta vez, a fraude ganhou força após a publicação de uma notícia falsa através de um veículo de comunicação envolvendo uma criança doente e um pedido de doações, o que comoveu a comunidade e resultou em prejuízos financeiros a quem acreditou na história. A publicação no site local teve mais de 60 compartilhamentos e ficou mais de 12h no ar, o site chegou a emitir uma nota, onde afirma que optou por não fazer a publicação, mas o print prova o contrário e pessoas enganadas entraram em contato, alertando que se tratavam de um golpe, após transferirem dinheiro.
Na manhã de sexta-feira (18), a reportagem do Noticidade também recebeu mensagens do golpista, pedindo a publicação da matéria. O autor, se passando por “Thalita Pereira”, afirmou ser mãe de uma menina de três anos, chamada Amanda, diagnosticada com um tumor. Ele enviou até um laudo médico com detalhes do suposto tratamento.
No entanto, uma apuração da equipe do Noticidade revelou que o número do CRM usado no documento pertencia, na verdade, a uma pediatra do Paraná, o que levantou suspeitas. Após mais apurações, foi constatado que o estelionatário utilizou o mesmo modus operandi em cidades como: Nova Andradina (MS), Ananindeua (PA), Itajaí (SC) e Pedreiras (MA), sempre com o mesmo método: fotos de uma criança, retiradas da internet, e relatos falsos de doenças graves para sensibilizar e enganar.
Apesar da falta de provas, a história emocionou moradores que acabaram fazendo doações por PIX e outros meios, acreditando ajudar a criança. Após conseguir arrecadar valores, o estelionatário removeu a foto do perfil e desativou o WhatsApp, dificultando o rastreamento.
Alerta à imprensa e à população - A propagação de fake news e campanhas falsas de doações é uma das formas mais comuns de golpe virtual atualmente. Especialistas reforçam a importância de verificar a veracidade das informações antes de repassá-las, especialmente em se tratando de pedidos de ajuda. Veículos de comunicação também têm papel fundamental na checagem dos dados antes da publicação, evitando que a desinformação contribua com golpes.
Quem foi vítima do golpe ou teve seus dados ou fotos utilizados indevidamente deve procurar imediatamente a delegacia e registrar boletim de ocorrência.